Foi solicitado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), nesta segunda-feira (8), que um inquérito seja aberto para investigar o ex-vereador Gabriel Monteiro e a sua equipe por terem cometido um suposto crime de tortura, em agosto de 2021, contra um caminhoneiro, em Copacabana. Na ocasião, Carlos Henrique Santos Araújo relatou à polícia que foi ameaçado e agredido com socos e chutes.
Em depoimento, Gabriel Monteiro contou que foi até o local para checar uma denúncia de um bingo clandestino com máquinas caça-níqueis, onde Carlos se encontrava. Ainda segundo o ex-vereador, ele se defendeu e alegou que foi ameaçado e agredido pelo caminhoneiro.
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A promotora do caso, Márcia Piatigorsky, anteriormente, tratava o caso como lesão corporal e estava no Juizado Especial Criminal. No entanto, após as falas e novas investigações, Márcia mudou o julgamento.
"Ao longo dos agressões físicas direcionadas a CARLOS, ouvia-se dos homens 'FALA O NOME, SENÃO A GENTE COLOCA VOCÊ NA MALA', de modo que fica evidente que o animus da conduta dos agentes não era o de lesionar, mas o de obter informações da vítima, de modo que as agressões figuraram como o meio, e não o fim, para a obtenção da informação pretendida pelo grupo em questão. Logo, fica descaracterizado o delito de lesão corporal inicialmente imputado, de modo que a conduta em questão parece melhor amoldar ao delito de tortura", diz o documento.
A juíza Maria Tereza Donatti concordou com os argumentos apresentados pela promotora e encaminhou o processo para a 5ª Vara Criminal. Já o MPRJ quer a identificação e o depoimento de todos os envolvidos na ocorrência, incluindo uma testemunha citada pela vítima e os policiais militares que foram acionados durante a confusão.
